sábado, 24 de outubro de 2009

Rabiscos na tela de cores
vida em movimento,
quadros de transeuntes
transitastes

Sentir com o corpo as tintas da alma
dança de corres a escorrer em pingos de tela
som, cheiro do gosto

Luz do sol que transcende a pele refletindo o sangue
linhas que se fundem em ecos
traços que expandem céus
num olhar flutuante
passarinho.

domingo, 4 de outubro de 2009

Subalimentados do sonho, somos convidados a viver-los a cada luz que se acende no palco da vida.
Bom de viver feito criança que tudo consegue. Se precisa gritar ela grita, quando um riso conquista, ela sabe o momento certo de sorrir, de brincar com os adultos. No mundo da criança tudo é possível, os sonhos são reais a fantasia é o alimento.
caminho como criança, corro como ela, sonho e vivo feito passarinho que sente te tocar os mais variados ventos, que conquista o céu e está sempre perto de Deus.
Passarinho e a criança, o mundo é pequeno para nós, sempre queremos mais, somos loucos pela novidade dos novos mundos. Visitamos mundos dentro de nós e o compartilhamos com o outro.
Som de decolagem, estamos em pleno ar, prontos em breve para aterrissar em um novo ar.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Ar

Bem calado do meu lado
sem opinar nos meus erros
o vento soprou
alegria guiando suas mãos ao meu alcance.

Poderia até pensar que era um sonho,
fui até a beira numa besteira qualquer
chorei ao ver meu reflexo.

Só,
o ar levando minha imagem
besteira, nem choro mais.
Poderia até pensar que foi tudo um sonho

Estava com meu sapato novo
sozinho
uma besteira qualquer
silencio da saudade ecoando som,
a saudade na beira.

Besteira que calou ventos e mares
num sapato novo.

só vou pedir ao ar até o prever do destino
sem mais,
cores e sons no sorrir do amanhã.

O coração já quer
claridade de vida.

No olhar refletido de espuma branca
descalço vou caminhar
por entre a areia
não quero mais sapatos.

Ouvir o ar,
ouvir o mar
eu ar

De lagrima navego
bom de navegar feito passarinho
é mágica cor que se fez.

O nó da vida se desfez assim.
Manda avisar que o mar daqui tem muito
amor pra dar,
paixão refletida em imagem,
bolhinhas de vapor a subir.

Chover, deixa cair gotas pelo ar.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Guia do olhar que não enxerga,
luz,
na luz do tempo
luz,
no momento
ao redor

Para obter pressione F1

Para obter pressione F1
assim eu sonhei,
mas não quis
que diferença fez assim?
não
eu difuso em mim pássaro,
te levar a visitar o céu, ver você
em mim.
Assim, sem ver o mar
quero acordar de um sonho bom
mas é só ver quando já não sei
estou são?
o que é um sonho ruim? O que é e um sonho bom?
Que diferença?
Eu não sei
não sei
não
é você quem é pra eu ver?
Então deixa eu dormir.

E agora?

Demora não,
o acaso entregou o que virá
chegou aí, chegou aqui
estava lá,
estava aqui a clareira,
horas do vento.
A tarde é quase lá
não saber, é só até você voltar.

O acaso qualquer dirá
aqui, ali

estava
a claridade dos olhos em ver-te
agora o vento...
um passo no instante quase lá
saber só até você chegar.
Ando por onde a estrada vai
lá, andar é ver
o céu e o lar.

o que vi?
a dor, o drama,
a sorte que se tem,
o perigo de se esconder,
o perigo de voltar
quem vai saber?

A curva me convida ao lar
andar, ver, reconhecer o olhar
o caminho só
alguém que sou
nem sei que sou
te conto, me mostro de lá
num sonho bom pra ti.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Como dois bolos podem conviver no mesmo território?

Primeiro pegue a massa do bolo 1 e a coloque lentamente em uma assadeira ao som de Pixinguinha, depois acrescente o bolo 2 um pouco mais rapidamente na mesma assadeira ao som de Caetano, leve ao forno com uma temperatura a gosto e deixe suas moléculas dançarem a musica da mistura.

terça-feira, 30 de junho de 2009

são tantos
... um só...
me sinto,
me vejo espelho,
ar
luz
nos dedos da mão iluminada.

sábado, 27 de junho de 2009

Suas paixões em SI

Dão de comer
O mendigo tem sua alma esfomeada e nua
Dão de comer ao medo, eco da musica de outrem escrita em mim
Volta a cabeça um pouco
Uma explosão de alegria exprime tudo quanto pensa e realiza, tudo quanto sonha
Conseguimos recriar pelas nossas próprias paixões
Finalidade da existência: comer quem tem fome
Uma vez comido
.
.
.
Continua esfomeado.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A que destino o destino nos destina
Irremediando a vida na carne viva
Cruamente gelado o sangue corre na retina,
Não se arrepia a pele
Apenas se impele ao galope fugidio
Do arrepio, calafrio da morte.
A minha lembrança veio com um som
passos no corredor
Invadiram-me cores, cheiros e imagens
era o café no camarim.
Me encontrei com o que fui outrora
Tive saudade de mim, tive saudade dos outros.
Queria tanto sentir meus pés tocarem o chão como naquele dia
e por instantes pude sentir.

domingo, 15 de março de 2009

Guarveta

Resolvi abrir minha gaveta,
Por pra fora alguns versos podres de tanto esperar.
Resolvi abrir minha gaveta,
Reciclar tudo de podre que ali há
Resolvi abrir minha gaveta
Tirar tudo de ruim, sacudir a poeira, matar as aranhas
Resolvi abrir minha gaveta
Agora jogarei TUDO FORA!!
Resolvi abrir minha gaveta
E agora tudo que tenho é um extremo vazio.

A poeira, as aranhas, os versos mesmo que podres
Era o que fazia com que na minha gaveta houvesse algo de bom.

Resolvi abrir minha gaveta
E agora nela não me resta nada
Não sei mais distinguir o que é bom
Nem o que é ruim.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Ainda que distante
por caminhos semelhantes te vi.
De longe
vi seus olhos
e com os olhos falei.

ENtroCONto

O encontro é algo humano,
me encanta...
Sentir o calor
Gente
Pulsar gente
num arrepio frio...
na barriga...
aquece nosso corpo,
nos motiva.
Medinho gostoso...
Uma vontade de desistir...
encarar...
O encontro é olho no olho,
Encontrar é dizer com o corpo,
A
Alma
E
Tudo...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Poesia barata

Um poema barato com gosto de uva amassada pelos pés
assim sem rodeios, sem rimas sim vez
simplesmente mais um poeminha danado
esse moleque assanhado matutando minha cabeça,
bulindo nos meus dedos pedindo pra nascer

E já que ele é assim tão baratinho,
que basta dar um sorriso e ele vem todo assanhado declamar...
deixo esse poeminha ter voz e se tornar o que a imaginação quiser que ele seja
o caminho dos poemas pobres são trilhados por eles mesmos.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Quando você for

São tantas imagens
me descubro, me desnudo a mim mesma a cada instante
descubro em mim o que desconheço
tenho medo
e gosto ao mesmo tempo
é uma vontade de ir
e de ir mais

É um mergulho no mundo do não sei o quÊ
é um q de querer
ir
e eu vou
simplesmente vou
e lá sou
e lá vivo


E lá fico
até me encontrar
e não me reconhecer


Me olho novamente
e vejo
e vejo novamente
sou eu a criatura.