terça-feira, 4 de maio de 2010

Hoje tentei me espremer por dentro para ver se saia uma gota de mel,
Me espremi até sangrar silêncios inoportunos.
Quando já não tinha mais o que sangrar,
Quando me faltou o silêncio...
me deparei com a semente da frieza
no âmago do meu ser,
Senti vontade de não me ver,
virar o espelho do meu olhar para qualquer outro lugar que não fosse dentro de mim.
Quis refletir alguém que outrora fui.

Prendam-me para que não cometa tal loucura

Fugi por mais que tentasse amor
Sentimento viva e morra
chão sem razão
Mundo vida da razão
Confunde nada, cria, senta
Não!
Infinitamente vive tão
Infinitamente se confunde
Nó nos dedos confunde comigo a secura do ser

Poemas da noite estou te perdendo nas secas vidas enroladas
Meus poemas vivem infinitamente enrolados no céu da minha boca
Com um sentimento de secura que me perdi
Senti,
Nó,
Dedos,
Boca
Seca
Sangrar
Mel
Razão